´"A Saúde Perfeita - Crítica de uma Nova Utopia"
de Lucien Sfez

1ª Edição de 1997
Instituto Piaget
Coleção Epistemologia e Sociedade
402 Páginas
Ilustrado

Há uma nova ideologia que este livro pretende identificar e criticar. Ela é perceptível quando se examinam temas aparentemente bem distanciados, como a dietética e a biotecnologia. Mas esses temas perfazem um mesmo objeto. Trata-se de uma vasta construção teórica destinada a suplementar os antigos modelos políticos - igualdade, decisão, comunicação - que estão em pane. A ideologia da "saúde perfeita" é uma nova "figura" bioecológica que sugere a [inquietante] idéia de uma purificação geral do planeta e do homem. Mais global que a ideologia da "comunicação", ela visa não apenas aos vínculos sociais que unem os indivíduos, mas ao indivíduo em sua existência. Apoiando-se nas conquistas das ciências da informação e da comunicação, ela pretende nos enredar numa vasta narrativa das origens e projeta no futuro o que se pode chamar de utopia. Ao termo de exaustiva pesquisa na Europa, no Japão e nos Estados Unidos da América, Lucien Sfez empreende a exploração sistemática e a crítica radical dessa nova utopia, sob a forma de um projeto mundial do genoma humano, das ciências ecológicas ou da imitação eletrônica da vida, com todas as ideologias que se lhe associam e conformam em surdina o imaginário contemporâneo. Um livro necessário.

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Nasceu em Tunis em 27 de abril de 1937, quando a Tunísia ainda estava sob o protetorado francês. Ele também estudou no Liceu Carnot em Tunis. Estudou Direito e mestrado em direito público e política. Em 1964, apresentou a sua tese intitulada "Um Ensaio sobre a contribuição do Dean Hauriou do direito administrativo francês." Em 1977, criou a coleção PUF "A política explodiu." Em 1989, ele fundou a revista Quaderni que ele dirigiu. Foi professor associado sénior em Estrasburgo. Ele retornou à capital em 1988, onde foi nomeado professor de Ciência Política da Universidade de Paris Dauphine. Tornou-se professor emérito em 2005 na Universidade de Paris I Panthéon-Sorbonne nos departamentos de ciência política, administração economia, ciências humanas, jurídicas e ciências políticas. Ele também dirigiu a Escola de Pós-Graduação em Ciência Política até 2005 e foi elevado à categoria de Cavaleiro da Legião de Honra no mesmo ano.

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